domingo, 11 de abril de 2010

EXILIO DE SI MESMO




Tenho abordado questões emergentes sobre situações e pessoas que chegam num ponto crucial de suas vidas e, que ao revisitarem os seus conteúdos anteriores para obter desempenho favorável no contexto atual de realidade, na maioria das vezes pouco encontram um significativo.

Recebi alguns e-mails onde me foi questionado sobre a validade ou não de todas as vivências anteriores, experiências boas ou ruins que levaram alguns à percas, acidentes e mortes.

E se nada valeu a pena diante das frustrações , então seria oportuno deixar em stand by amigos e pessoas afins neste importante período de renovação interior, para encontrar direção e fortificação de si mesmo?

Percebo que a questão aqui se torna muito mais profunda do que a simples aparência de momentos reflexivos, pois as revisitações feitas nestes momentos ainda de plena transformação, fatalmente permearão os vícios emocionais, que todos nós humanos estamos fadados a recorrer...

São lugares de nós mesmos onde nos reconhecemos como identidades, mas que neste momento deixam de ter o sentido anterior do que significa Ser.

Tive um insight ao concluir que, o que costuma acontecer é que se cairmos novamente nos mesmos padrões, porém com o diferencial de estarmos mais conscientes sobre nós mesmos e muito mais lúcidos sobre alguns tipos padronizados de funcionamento, imediatamente pela incorruptibilidade que este tipo de ganho consciencial promove, desistimos de nos apegar a tudo o que pode ter o significado de casca sem conteúdo algum embuídos pela ansia do ter.

Portanto a suposta caoticidade na qual percebemos que estamos chegando num lugar de terra firme, definitivamente voltando do exílio de nós mesmos devido à própria experiência de mutação, nos faz pensar que este suposto lugar de terra firme nada mais é do que o encontro com a nossa própria essência.

Mas o fundamental de todo esse movimento é poder entrar em contato com a inequívoca percepção do rumo de nossa vida, bem como com as nossas mais profundas questões existenciais que sempre estiveram no interior de cada um de nós, a qual estamos fadados à ignorância, se não tivermos coragem de fazer a viagem para dentro de nosso ser.


Diz uma grande amiga é momento de transformação!


Leila Uzzum

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