sábado, 4 de setembro de 2010

BAILAMOS


Duas aves a vagar pelo espaço...
Assim somos nós,
Mesmo sem saber
Bailamos no compaço
Da emoção 
E estamos atados.
Como ramos
Que se emaranhão
E com o tempo
A cada dia
Tornam-se presos.
Por uma só haste.
Que de tão perto instiga a vontade e 
Espera-se sempre o beijo
A realizar o desejo.
É como desabrochar da flor
Mesclados ao longo gozo.
A conhecer o universo,
Contido na estrela,
Que viaja e perpassa galáxias.
Assim como as hemácias
A passear  pelo  corpo
Através do sangue.
Fazendo imagens
Materializar
O encontro explosivo.
Que num segundo
Faz surgir a luz
No fim do mundo.
E por entre fumaças,
Ouve-se a canção
A dança manifesta-se,
Neste imenso salão
Chamado vida.
Por onde bailamos,
Livres, leves e soltos.
Sussurando o amor,
Que agora transforma-se em trovoeiro,
E como sino do mosteiro
Chama para si atenção ,
Por seu badalar.
Então  batem  nossos corações
Que guiam-se pelo nevoeiro,
E encontram-se por intuição.

Leila S Ribeiro Uzum