segunda-feira, 18 de abril de 2011

PRAÇA




Passo todos os dias por aquela praça
Sinto uma saudade de algo distante
Ao olhar por entre os galhos de árvores
Vejo os lânguidos dedos dourados do sol
Infiltrando-se por entre folhas esvoaçantes
De arvores que estão lá há décadas
E guardam muitas histórias
Da infância a adolescência,
Guarda o sorriso e a alegria
Que por um lapso se perderam no tempo.
Mas ali ficaram gravadas,
Para lembrar-me hoje,
Como foram bons aqueles momentos.
Quando corri pelas escadas e refresquei-me
Nas  águas inéditas da fonte.
Que produzia um arco Iris
E revelava bem ali
O pote de ouro
Presente no amor mais sincero que conheci.
Hoje então compreendi, porque ao passar por ali...
Sinto algo bom a tocar minha mente
E a alegria refletir em meu peito
Algo quase incompreensível
Mas que  remete-me ao Contentamento,
De estar na Praça que é coração da Cidade
E habita profundamente minhas lembranças 
Faz parte da minha história
Onde sempre encontrei 
Graças...
Ela chama-se Sé.

Leila S Ribeiro Uzum


Fotos : DULCE