quarta-feira, 25 de agosto de 2010

OLHAR O MAR


A linha do horizonte une céu e terra,

Este é primeiro pensamento que tenho
Quando posso olhar o mar.
Sentada a sombra de um coqueiro
Que substitui o guarda sol.
Sinto-me pequena perante tanta imensidão.
E claramente percebo que há grande mistério.
Entre a realidade e o imaginário.
Em que a brisa traz cheiros
Traz o aroma da liberdade,
Neste momento singular,
Onde vislumbro a diversidade.
Repleta de matizes e cores,
Aromas e odores,
Que são inconfundíveis,
A quem percorre a estrada da vida,
E guarda na lembrança momentos,
Que possibilitam
O retrocesso no tempo.
Esta visão me permite
A obter nova Ótica dos fatos,
E ajuda-me a escapar,
Da cristalização, da repressão.
Então percebo que  posso surfar,
Nas ondas imensas das emoções,
Que se formam no fundo em mar profundo.
E movidas pelo vento,
Vêem em direção a rebentação,
Para o fragor das ondas
Que quebram na beira da praia
Acalmando-se no instante em que encontra a areia.
Por isso observar o vai e vem constante das águas,
Embala a mente,
Entorpece o pensamento
E me faz adormecer suavemente.
Depois de tanta exaustão e sordidez,
Do transcorrer do tempo,
Sobrepondo-me aos fatos,
Para elevar-me as alturas,
E assim do topo enxergar,
O mundo...
A vida...
A eternidade...
Olhar o mar e ver
O centro de tudo.


Leila S Ribeiro Uzum