sexta-feira, 24 de julho de 2009

SIMBOLOS TEXTUAIS


Beijos são bons sempre, há de se aproveitar todos eles.

Carregados de afetos e simbolismos exercem em todos reação na mente, que estimula neurônios, reflete nos músculos e impulsiona para a atitude, depois retorna como gratificação deixando o ser contente, relaxo e irreverente.

Cada beijo tem um sentido, são vivos e quentes, podem ser congelados eternamente em fotos que expomos em porta retratos ou carregamos um dentro de pingente de coração.

Mesmo os virtuais são bons, pois eles carregam a energia da gente e quem os recebe sente, o carinho, a amizade, a alegria, o amor, o desejo que ficou registrado na mente e pode ser acionado, por estar memorizado nessa mistura de gente.

E na poesia, na música, no soneto nas palavras rimadas estão sempre presentes, pois desperta na alma o prazer evidente na troca de leucócitos por salivas que se misturam e gravam sentimentos que serão sempre ativados reagindo a cada sentido manifestadamente.

Na expressão sublimada dos extintos selvagens transforma a fúria agressiva em calma margem de rios tranqüilos e beira mares.

Que inspiram e respiram em movimentos súbitos criativos dos pensamentos que procuram as palavras para se expressarem através da linguagem.

Numa relação envolvente, tornando o sujeito impar em par, que até na morte tenta encontrar na gélida ausência o sabor ressuscitado do beijo transcendente.

Nas representações ilusórias, imagens transferem sentimentos, disfarçam pessoas impotentes, fixadas entre as fases de desenvolvimento fetal e latente.

E perdidas no tempo buscam crescer psicologicamente, para abraçar a liberdade de ser e tomar posse do direito de viver intensamente.

Revertendo a conversão neurótica pelo autoconhecimento, integrando-se ao monstro interno para descobrir-se como criatura e gente que faz escolhas pelo que sente.

Reativo a tudo que se manifesta negativamente, transforma-se em opostos quando opta por ser resilente.

O mergulho é a possibilidade de reelaborar a experiência que cria o medo freqüente, conhecimento de um estado Divino que torna o indivíduo em pessoa humana, quando descobre o que pode ser verdadeiramente.

Masculino vai no fundo, no mais profundo, buscar a cara metade, exigir sua feminilidade, resgatando-a retorna a superfície, dominado pelo instinto da curiosidade humana, procura enxergar o que ainda era fluído, e tudo se desfaz imediatamente, perdendo a sensibilidade e a oportunidade de se sentir completamente inteiro.

O lamento é o canto da morte que expressa o romance perfeito e não pode tornar-se realidade nem seguir enfrente.

Se tivesse ultrapassado a escuridão teria se libertado das dores, da divisão da personalidade, transformando-se em ave vigorosa, de olhar para além das aparências, resistentes as dores. Recebe o prêmio da fusão entre matéria e espírito para alcançar vôos mais altos, poder ir além do horizonte em busca do tesouro.

Este é o premio concedido ao bom combatente, aquele que vence a si mesmo, supera os desejos da carne liberta-se do passado e renuncia a coroa do poder no futuro, este obtém a graça do agora que é viver no presente.

Esta é a conversa entre criatura e criador, relação humana com a natureza de pensamentos bons e maus que fecundam a semente e traz a existência o que era desejo da mente, manifestadamente entre bem e mal afirmando para o universo o que se é.

Assim se faz o caminho pelo conhecimento, experiência e ser, relembrando o que se é efetivamente, recuperam-se o fôlego que foi roubado pelas desilusões e calamidades que torna o indivíduo em objeto temente.

Negando as maravilhas da vida sem assumirem-se como responsáveis vitimadamente vai vivendo sem reconhecer que tudo é dádiva.

Cada experiência um tesouro, justificando a vida, tornando-a sagrada, jóia fabricada pelas dificuldades que digestivamente transforma grão de areia em pedra preciosa.

Por tão pura beleza criativa é vedado o julgamento que exige sensibilidade para reconhecer a beleza valorativa.

Integração do masculino e feminino, é a criação em ação manifestadamente no amor incondicional que somos concebidos, na crença expressa de que fomos criados por Deus, recebemos o potencial ilimitado, fôlego suficiente para mergulhar bem fundo .

Então também ganhamos asas para voar bem alto, tão fortes e resistentes que é impossível perdê-las ao nos aproximarmos do sol.

E quando de volta a superfície, observar constantemente e fazer tudo que for possível para que corpo, alma e espírito vivam integralmente as experiências fazendo as escolhas superiores, com discernimento constante concedido aos poetas que já não vivem em mundos inferiores.

Leila Uzzum 20/07/2009

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