Participando de uma entre tantas manifestações que
aconteceram nesta semana e que ainda se expandem por todo o País, percebi que o
amor a pátria... É o gigante adormecido nos corações brasileiros que por fim
acordou.
E contagiou a todos por uma comoção que tomou o povo
conscientizando cada brasileiro do dever
de
ser patriota e agir como cidadão.
O refrão do hino nacional “Deitado eternamente em
berço esplêndido”... Deixou de alimentar a passividade de jovens que resolveram
movimentar-se para mudar o futuro das próximas gerações, confirmando outro trecho que diz: "Verás que um filho teu não foge a Luta..."
Embora eu mesma tenha visto muitos correrem para se esconder no refúgio de seus lares, percebi que este é um tempo
transformação, frente a um Pais que pouco investiu em transporte, educação, saúde e
segurança.
Eu particularmente penso que sempre é tempo de
mudar, internamente e externamente, que essas manifestações que se espalharam
pelo país refletem as necessidades internas de cada indivíduo, fruto desta
sociedade individualista, carente de afetos para sentir-se mais gente.
E essas mudanças exigem tanto uma mudança externa,
política, patriótica, como uma mudança interna pessoal, familiar, íntima, pois
nascemos e vamos desenvolvendo-nos para criar a cada dia o nosso destino, aceitando
algumas coisas e rejeitando outras.
A inércia, a falta de valorização e reconhecimento
de nós mesmos, nos torna indivíduos descrentes, negativos e melancólicos, em
razão das experiências tristes, que dispara um mecanismo de defesa contra as
decepções e frustrações, os quais podemos chamar de comodismo.
Diante de certas situações muitos deixam de lado os
sonhos e planos que tinham para si mesmos e vão empurrando a sua história com a
barriga.

Sempre pensei que tanto a revolta, quanto a raiva, quando
mal utilizadas produzem péssimos resultados, pois como poderia surgir boa coisa
de atos ruins?
Porém ao analisar melhor, conclui que tudo que é
excesso também é ruim, e o excesso de passividade paralisa a vida, de maneira
que em alguns momentos, o movimento é necessário... Nesses momentos temos que aceitar
o desgosto, o desagradável e incomodo, para vencer os desafios e mudar.
Por vezes há momentos que não temos como aceitar
tudo em nome da paz, da harmonia, do equilíbrio pessoal, familiar ou mesmo
social.
Existem algumas ocasiões em que temos que ter a
coragem de dizer basta e gritar um Não
enorme, para colocar limites, mostrar nossa indignação.
Esse é o exato momento que compreendemos que faz parte
da vida expor nossos pensamentos e nossas ideias, então temos que nos tornar a
cada dia seres mais flexíveis, pois faz
parte da vida mudar.
Este é um tempo em que as pessoas estão acordando
para o movimento social, enquanto ainda existe muita gente que precisa
despertar para tomar atitudes na própria vida.
Não é o caso apenas de tomar ações impulsivas, e se
separar, trata-se de aprender a dizer o que se pensa, assim vencer o orgulho e se
expor um pouco.
Afinal, todos nós erramos, somos humanos e não há
problema em revelar nossas falhas, de mostrar nossos erros! Afinal quem é que
tem uma vida perfeita?
O medo de perder o emprego e de precisar de ajuda, nos
deixa nítido, que mais do que perder algo da nossa vida social estável, o que
nos impede de ir enfrente, de lutar por uma vida melhor e por a vida em movimento é o medo da mudança.
Pois os efeitos de décadas de passividade frente a
corrupção descabida, a violência sem controle, a medíocre educação e a seletiva
saúde pública, que se assemelha as câmaras de gás alemãs utilizadas para eliminar
os Judeus, aqui a saúde pública tornar-se uma máquina seletiva que por meio lícito elimina uma parte da
população vítima do descaso, do preconceito e rejeição, um mecanismo utilizado
de forma inescrupulosa para diminuir o índice de pobreza, de miséria e analfabetos, mascarando a realidade
com índices irreais de desenvolvimento e crescimento, que não houve jamais.
Portanto toda manifestação tem um ponto principal,
mostrar o desagrado para ver o que acontecerá, está é a atitude que todos nós
brasileiros temos que ter nesse momento.
Não podemos deixar de lado as conquistas, porque
cada um de nós tem um papel importante na sociedade, de tal forma, que as mudanças só
acontecem quando fazemos nossa parte e vamos em busca de dias melhores.
Nesse sentido, Mahatma Gandhi ensinou que:
"Devemos ser a mudança que queremos ver no mundo!"
Por
: Leila Sl Ribeiro Uzum
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