sábado, 22 de junho de 2013

MANIFESTAÇÕES EM BUSCA DE DIAS MELHORES



Participando de uma entre tantas manifestações que aconteceram nesta semana e que ainda se expandem por todo o País, percebi que o amor a pátria... É o gigante adormecido nos corações brasileiros que por fim acordou.
E contagiou a todos por uma comoção que tomou o povo conscientizando  cada brasileiro do dever   de ser patriota e agir como cidadão.
O refrão do hino nacional “Deitado eternamente em berço esplêndido”... Deixou de alimentar a passividade de jovens que resolveram movimentar-se para mudar o futuro das próximas gerações, confirmando outro trecho que diz: "Verás que um filho teu não foge a Luta..."

Embora eu mesma tenha visto muitos correrem para se esconder no refúgio de seus lares, percebi que este  é um tempo transformação, frente a um Pais que pouco investiu em transporte, educação, saúde e segurança.
Eu particularmente penso que sempre é tempo de mudar, internamente e externamente, que essas manifestações que se espalharam pelo país refletem as necessidades internas de cada indivíduo, fruto desta sociedade individualista, carente de afetos para sentir-se mais gente.
E essas mudanças exigem tanto uma mudança externa, política, patriótica, como uma mudança interna pessoal, familiar, íntima, pois nascemos e vamos desenvolvendo-nos para criar a cada dia o nosso destino, aceitando algumas coisas e rejeitando outras.
A inércia, a falta de valorização e reconhecimento de nós mesmos, nos torna indivíduos descrentes, negativos e melancólicos, em razão das experiências tristes, que dispara um mecanismo de defesa contra as decepções e frustrações, os quais podemos chamar de comodismo.
Diante de certas situações muitos deixam de lado os sonhos e planos que tinham para si mesmos e vão empurrando a sua história com a barriga.
Quem me conhece sabe que sou uma pessoa totalmente pacífica e por isso sempre a favor da paz, do bom senso, da harmonia e das relações duradouras, pois acredito que somente num ambiente pacífico as coisas boas crescem.
Sempre pensei que tanto a revolta, quanto a raiva, quando mal utilizadas produzem péssimos resultados, pois como poderia surgir boa coisa de atos ruins?
Porém ao analisar melhor, conclui que tudo que é excesso também é ruim, e o excesso de passividade paralisa a vida, de maneira que em alguns momentos, o movimento é necessário... Nesses momentos temos que aceitar o desgosto, o desagradável e incomodo, para vencer os desafios e mudar.
Por vezes há momentos que não temos como aceitar tudo em nome da paz, da harmonia, do equilíbrio pessoal, familiar ou mesmo social.
Existem algumas ocasiões em que temos que ter a coragem de dizer basta e gritar um  Não enorme, para colocar limites, mostrar nossa indignação.
Esse é o exato momento que compreendemos que faz parte da vida expor nossos pensamentos e nossas ideias, então temos que nos tornar a cada dia seres  mais flexíveis, pois faz parte da vida mudar.
Este é um tempo em que as pessoas estão acordando para o movimento social, enquanto ainda existe muita gente que precisa despertar para tomar atitudes na própria vida.
Não é o caso apenas de tomar ações impulsivas, e se separar, trata-se de aprender a dizer o que se pensa, assim vencer o orgulho e se expor um pouco.
Afinal, todos nós erramos, somos humanos e não há problema em revelar nossas falhas, de mostrar nossos erros! Afinal quem é que tem uma vida perfeita?
O medo de perder o emprego e de precisar de ajuda, nos deixa nítido, que mais do que perder algo da nossa vida social estável, o que nos impede de ir enfrente, de lutar por uma vida melhor e por a vida em movimento é o medo da mudança.
Pois os efeitos de décadas de passividade frente a corrupção descabida, a violência sem controle, a medíocre educação e a seletiva saúde pública, que se assemelha as câmaras de gás alemãs utilizadas para eliminar os Judeus, aqui a saúde pública tornar-se uma máquina seletiva  que por meio lícito elimina uma parte da população vítima do descaso, do preconceito e rejeição, um mecanismo utilizado de forma inescrupulosa para diminuir   o índice de pobreza, de  miséria e analfabetos, mascarando a realidade com índices irreais de desenvolvimento e crescimento, que não houve jamais.
Portanto toda manifestação tem um ponto principal, mostrar o desagrado para ver o que acontecerá, está é a atitude que todos nós brasileiros temos que ter nesse momento.
Mostramos nosso desagrado e agora precisamos permanecer atentos para ver o que acontece.
Não podemos deixar de lado as conquistas, porque cada um de nós tem um papel importante  na sociedade, de tal forma, que as mudanças só acontecem quando fazemos nossa parte e vamos em busca de dias melhores.
Nesse sentido, Mahatma Gandhi ensinou que: "Devemos ser a mudança que queremos ver no mundo!"

Por : Leila Sl Ribeiro Uzum


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