domingo, 24 de março de 2013

PENSAR




Já não ouço a voz do ensinar,
O silêncio tornou-se um veleiro
Vagando no mar tempo.
A reverberação intensificada por  timbres constantes,
Ressoam nas entrelinhas dos livros por instantes.
E no suspiro da vida, retiram-se as ancoras
Do mar morto.
Então o brilho no olhar aparece,
Escorreito pelos dedos apressados
Que dedilham folhas
Virando  as páginas contando o tempo.
Da claridade que anuncia  a vida
Surge a oportunidade de um novo dia.
Às vezes por instantes o pensamento voa
E tudo retorna no delinear das formas.
No sonhar que flui e voa como o vento,
Para encontrar o contentamento
Que logo passa e vai
Procurar na memória lembranças, 
Do velho tempo
Ressucitando a voz no presente,
Que entorna na mente a compreensão
Do raciocínio ausente
Que se tornou  semente
Do conhecimento que emerge,
Do vasto chão negro,
Iluminado por linhas brancas
Inventando nomes,
Quantificando cores,
Revelando amores. 
Gritando por luz
Frente a incredulidade
Que revela novas idéias,
No enigmático  ato de pensar.

Leila Sl Ribeiro Uzum
23/03/2013.

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