sábado, 12 de fevereiro de 2011

ESTERIÓTIPOS



Classificamos ou rotulamos tudo que está ao alcance de nossos olhos
E assim definimos nossa preferência.
Sem classificação como um adjetivo ou subjetivo,
Parece que a mente não encontra uma  referência.
Porém em tudo há uma essência,
Pedindo clemência,
Para a culpa de ser o que se é.
Umas são Marias outros Josés.
Ao rotular engessam-se as possibilidades,
Capsulam-se as potencialidades,
E estancam-se as probabilidades.
Então são todos soldados uniformizados?
Marcham ordeiramente,
Sem  demonstrarem que estão descontentes!
Sem gritar o vazio que incomoda a mente.
Réplicas repetidoras de atos,
Provocando fatos,
Com conseqüências,
Que matam o ser,
Extirpam a essência,
Excluem o conteúdo
E apresentam apenas rótulos.
Algo superficial descrito como embalagem
Deteriorável em plena passagem,
Que o passar do tempo
Desmancha por ser mortal,
E provoca ansiedade,
Em busca do que se foi,
Como a poeira ao vento,
Que muda e não traz contento.
São os estereótipos a reduzirem
A dimensão Humana.

Leila S  Ribeiro Uzum

Nenhum comentário: