segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

DEDO EM RISTE






De dedo em riste
Explica-se a vida,
A quem acha que sabe viver...
Entre verdades e mentiras,
Autenticidade com certeza causa terror.
O  brilho da verdade que atrai mariposas
E cegam os incapazes.
E com expectativas frustradas,
Os olhos marejam.
E formam o mar da dor,
Das insatisfações que batem a porta das fantasias,
Buscando uma forma de fugir da realidade.
Assombrada pelos fantasmas simbólicos do passado
Da imitação, da repetição,
Da frenética movimentação globalizada.
Dá-se conta de si mesmo,
Quando as dores manifestam-se
Perante a agressão dos pregos das impossibilidades
paralisados nas madeiras insensíveis das maldades,

Faz-se o  momento que expressa a verdade pra si mesmo.
Necessário para transmutação .
Assim como a luz é o objetivo de tudo
Que se encontra na escuridão,
Encontrar o Dom é iluminar-se.
No exato momento em que o outro deixa de ser referência.
E o EU toma conta por completo do presente.
Estar fragmentado é representar a desconexão da Personalidade.
Então se cria o caos onde deveria existir harmonia.
Perdido e cansado abre-se espaço
E a integração manifesta a unidade.
E o dedo em Riste poderia significar a arrogância,
Do poder, da ordem e da intransigência,
Mas quando a verdade se manifesta
Ele representa a unidade do ser
Que caminha e trilha para cima,
Para o alto,
E segue em direção da realização.
Quando o ideal deixa de vir de fora,
E  começa a manifestar-se
Como materialidade,
É porque vem de dentro
Quando a vida nos sacode
Com sofrimentos, ela mostra sua cara
Para que possamos ir à raiz de nosso ser.
E ao decidir pela mudança
Tomar em mãos o letreiro que avisa para todos,
Que a consciência assumiu a responsabilidade
E agora manifesta em letras cor de rosa,
A luz interior dos dons da alma.

Inspirado em conversas sobre a idealização que causa dores e feridas devido a frustração.


Leila Uzzum



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