Já não ouço a voz do ensinar,
O silêncio tornou-se um veleiro
Vagando no mar tempo.
A reverberação intensificada por timbres constantes,
Ressoam nas entrelinhas dos livros por instantes.
E no suspiro da vida, retiram-se as ancoras
Do mar morto.
Então o brilho no olhar aparece,
Escorreito pelos dedos apressados
Que dedilham folhas
Virando as páginas contando o tempo.
Da claridade que anuncia
a vida
Surge a oportunidade de um novo dia.
Às vezes por instantes o pensamento voa
E tudo retorna no delinear das formas.
No sonhar que flui e voa como o vento,
Para encontrar o contentamento
Que logo passa e vai
Procurar na memória lembranças,
Do velho tempo
Ressucitando a voz no presente,
Que entorna na mente a compreensão
Do raciocínio ausente
Que se tornou semente
Do conhecimento que
emerge,
Do vasto chão negro,
Iluminado por linhas brancas
Inventando nomes,
Quantificando cores,
Revelando amores.
Gritando por luz
Frente a incredulidade
Que revela novas idéias,
No enigmático ato de pensar.
Leila Sl Ribeiro Uzum
23/03/2013.