No meu dia a dia, o stress diário da vida corporativa e os relacionamentos com o ser humano sempre me levam a refletir sobre o comportamento humano e percebo a cada dia que vivemos iludindo-nos desde o nascimento até a morte , quando pensamos na vingança como forma de prazer e realização.
E como pobres pecadores que somos sem percebermo-nos como alquimistas de tantas e tantas experiências, onde cada uma delas nos ajuda a ultrapassar as barreiras e a vencer desafios, onde algumas dessas falhas tornam-nos sempre homens e mulheres um pouco melhores a cada vez.
Pois essa é a lei da criação, da evolução e da expansão infinita, que segue as trilhas dos descaminhos em busca da perfeição absoluta, manifesta no encontro do Deus criador.
Iniciamos nossa caminhada que poderia ser retilínea, rápida e alegre, enredando-nos cada vez mais, criando obstáculos desnecessários, obrigados a contornar essa mesma estrada por atalhos estreitos e pedregosos muitos deles, mas também nas lutas entre perseguidores e vítimas que se transformam por sua vez em carrascos. Assim as dores são limas que cada vez mais burila nossas almas imperfeitas.
Então como a pedra que se transforma, sob a pressão do martelo em diamante de brilho esplendoroso e beleza impar.
Caminhamos mais lentamente do que deveríamos, mas sempre no sentido do Bem, do Amor e da Harmonia universal embora não pareça.
Esse é o desafio manter-se firme na esperança, na fé e na pratica da Caridade, abrindo os olhos para tentar compreender o sofrimento e os horrores que enfrentamos diariamente.
Sem deixar-nos envenenar pelos monstros que se manifestam e contaminam a vida com o mal que camufla e destrói o que é bom, belo e agradável.
Sei que prometemos não sentir mais raiva - mas quando o engarrafamento de trânsito, o chefe grosseiro ou seja lá o que for que nos atinja bem lá no fundo... surje a próxima explosão de rancor.
E fica a questão:
Será que tem jeito?
Será que estamos condenados, mesmo que desejamos viver uma vida mais espiritual, a conviver com esse demônio solto dentro de nós?
Leila Uzzum