Passo todos os dias por aquela praça
Sinto uma saudade de algo distante
Ao olhar por entre os galhos de árvores
Vejo os lânguidos dedos dourados do sol
Infiltrando-se por entre folhas esvoaçantes
De arvores que estão lá há décadas
E guardam muitas histórias
Da infância a adolescência,
Guarda o sorriso e a alegria
Que por um lapso se perderam no tempo.
Mas ali ficaram gravadas,
Para lembrar-me hoje,
Como foram bons aqueles momentos.
Quando corri pelas escadas e refresquei-me
Nas águas inéditas da fonte.
Que produzia um arco Iris
E revelava bem ali
O pote de ouro
Presente no amor mais sincero que conheci.
Hoje então compreendi, porque ao passar por ali...
Sinto algo bom a tocar minha mente
E a alegria refletir em meu peito
Algo quase incompreensível
Mas que remete-me ao Contentamento,
De estar na Praça que é coração da Cidade
E habita profundamente minhas lembranças
Faz parte da minha história
Onde sempre encontrei
Graças...
Ela chama-se Sé.
Leila S Ribeiro Uzum
Fotos : DULCE
Fotos : DULCE